segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Relator pede a condenação do ex- diretor do BB,


Edição do dia 20/08/2012
21/08/2012 01h01 - Atualizado em 21/08/2012 01h10

Relator pede a condenação do ex- 



diretor do BB, Marcos Valério e sócios


Para Joaquim Barbosa, Henrique Pezzolato permitiu desvios de recursos do banco. Valério e dois sócios receberam voto por corrupção ativa e peculato..




O relator do processo, ministro Joaquim Barbosa, pediu nesta segunda-feira (20) a condenação do ex- diretor de marketing do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato, e de outros réus.
Em cinco horas, o relator concluiu o item sobre o desvio de dinheiro público em contratos da DNA, de Marcos Valério, com o Banco do Brasil. Citou depoimentos, auditorias internas, laudos e perícias da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União.
A conclusão do ministro Joaquim Barbosa é de que o então diretor de marketing, Henrique Pizzolato, foi omisso na fiscalização do contrato, o que permitiu os desvios de recursos do banco para o caixa da agência de publicidade.
“O desvio de dinheiro em proveito da agência controlada por Marcos Valério e seus sócios foi perpetrado por Pizzolato em troca de vantagem indevida no montante de R$ 326,6 mil em espécie, paga pelos controladores da DNA”, diz o relator.
Joaquim Barbosa lembrou que Pizzolato trabalhou na campanha do ex-presidente Lula, em 2002 e detalhou os desvios: R$ 2,9 milhões em bônus para a DNA e outros R$ 73,8 milhões repassados do Fundo Visanet, que tem o Banco do Brasil entre seus principais acionistas, a pretexto do pagamento de serviços de publicidade, que não foram executados. Os recursos, segundo o relator, abasteceram transferências bancárias a pessoas indicadas pelo então tesoureiro do PT, Delúbio Soares.
“Tendo em vista tudo que foi exposto, condeno o réu Henrique Pizzolato pela prática dos crimes de peculato, artigo 312 do Código Penal, corrupção passiva, artigo 317 do Código Penal e lavagem de dinheiro”, fala Barbosa.
Marcos Valério e os dois sócios, Cristiano Paz e Ramon Rollerbach, receberam voto pela condenação por corrupção ativa e peculato. Já em relação à Luiz Gushiken, ex-ministro do governo Lula, o relator seguiu o entendimento do Ministério Público. “Concluo que não há provas de que o senhor Gushiken tenha participado dos fatos narrados na denúncia, razão pela qual eu o absolvo”, diz Barbosa.
Na quarta-feira (22) começa o voto do revisor. O ministro Ricardo Lewandowski vai dizer se são inocentes ou culpados os réus envolvidos em contratos das agências de publicidade de Marcos Valério com o Banco do Brasil e a Câmara dos Deputados. Em seguida, votam todos os outros ministros. Passada essa primeira rodada de votação, o relator vai para o próximo item: os empréstimos bancários que teriam abastecido o mensalão...

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