quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Copa sul-americana

Santiago, Chile / Nacional de Chile Quarta-Feira, 22/08/2012 - 22:00

   Universidad de Chile     Santos

                                 Final
NEYMAR PERDE PÊNALTI, E SANTOS NÃO SAI DO ZERO CONTRA O UNIVERSIDAD 
Craque do Peixe cria melhores chances da equipe, mas escorrega na hora de cobrar 
      penalidade. Equipe chilena pressiona, e Recopa segue indefinida


No geladíssimo Estádio Nacional, Neymar foi disparado o principal destaque da partida de ida da final da Recopa Sul-Americana, entre Universidad de Chile e Santos. Isso não quer dizer, porém, que o craque só tenha feito coisas boas no duelo que terminou com o empate em 0 a 0 na noite desta quarta-feira.
As quatro boas (e únicas) chances do Peixe na partida tiveram participação do craque. Na mais clara delas, em pênalti inexistente marcado em cima dele mesmo pelo árbitro argentino Néstor Pitana, o popstar da Vila escorregou e isolou por cima do gol. Com o erro, o jejum de gols longe do país pelo Alvinegro permaneceu em vigor neste ano. Agora, são cinco jogos.
La U, por sua vez, também teve ótimas chances de chegar ao gol, mas não soube aproveitar. O centroavante Gutiérrez e o bom volante Aránguiz, destaque do time chileno, tiveram as melhores oportunidades, sem sucesso.
O empate com gosto estranho para os dois lados deixa tudo aberto para o próximo embate entre as equipes, marcado para o dia 26 de setembro, às 22h (de Brasília), no Pacaembu. Em caso de novo empate, haverá prorrogação. Persistindo a igualdade, o título da Recopa será decidido nos pênaltis.
Agora, o Santos tem o clássico contra o Palmeiras, neste sábado, às 18h30m (de Brasília), no Pacaembu, enquanto a Universidad de Chile enfrentará a Union Española, no mesmo dia, pelo torneio Clausura, fora de casa.
 Sebastian Martinez e Neymar, Universidad de Chile x Santos (Foto: Agência EFE)Neymar tenta passar pela marcação de Martinez, em Santiago (Foto: Tolledo)
Neymar desequilibra e La U pressiona
Todas as expectativas antes da partida rodeavam Neymar. Quando a bola rolou, de fato, todos os holofotes do Estádio Nacional se voltaram para o craque. Tanto para o bem quanto para o mal. Empolgada pela pressão de sua torcida na congelante Santiago, a Universidad de Chile começou pressionando com a bola nos pés, mas sem eficiência. Armado no 4-2-3-1 de Muricy Ramalho, o Santos estava postado esperando um erro, para aproveitar a velocidade de Neymar e Patito Rodriguez nos contra-ataques. Os erros da La U vieram, mas os equívocos alvinegros impediram o time de abrir o placar.
Quando tinha a bola nos pés, o Peixe se mostrava superior tecnicamente. Até que teve três chances em sequência para abrir o placar, sempre com a participação de Neymar. O craque recebeu bola com açúcar de Ganso, deu um drible de corpo no zagueiro e tirou o goleiro Herrera da jogada, mas hesitou na finalização, perdendo o ângulo para o chute, aos oito minutos. Em seguida, chamou Martínez e Rojas para dançar pelo lado direito do ataque e, mostrando visão de jogo, achou Ganso livre no segundo pau. O meia pensou, driblou com calma e finalizou de direita, mas Herrera evitou o gol com linda defesa, aos 14.
No momento em que o camisa 11 poderia encerrar o jejum de gols pelo Santos fora do país no ano, o inesperado aconteceu. Após mais uma bonita jogada, pela direita, Neymar driblou Rojas e Martínez, que o derrubou fora da área, aos 16. O árbitro argentino Néstor Pitana, porém, assinalou pênalti inexistente. Na cobrança, o craque lembrou o italiano Roberto Baggio na final da Copa do Mundo de 1994 e isolou por cima, depois de escorregar.
O erro diminuiu o ritmo do Santos e aumentou a confiança da equipe chilena, que passou a arriscar principalmente em chutes de fora da área. A mais perigosa delas foi com o volante Aránguiz, destaque do time, que por muito pouco não acertou o ângulo de Rafael, aos 38. Logo em seguida, o mesmo Aránguiz cruzou na cabeça de Gutiérrez, mas o centroavante da La U desperdiçou ótima chance, cabeceando para fora. Ainda houve tempo para Lorenzetti, aos 42, novamente ficar no quase pelo time, ao finalizar à esquerda do goleiro santista.
Durval, Universidad de Chile x Santos (Foto: Agência EFE)Gutierrez disputa jogada pelo alto com Durval e Bruno Rodrigo (Foto: Tolledo)
Pouca emoção e empate
O primeiro tempo terminou com a Universidad de Chile pressionando o Santos, e o segundo não começou diferente. Sem substituições dos dois lados, o panorama se manteve. Explorando as bolas aéreas, um dos bons caminhos para vencer a zaga alvinegra, o time chileno assustou duas vezes seguidas com o centroavante Gutiérrez, aos quatro e cinco minutos.
Aparentemente nervoso, o Peixe errava passes bobos na saída de bola e proporcionava mais pressão do adversário. O problema é que nenhum dos dois lados aproveitava as poucas chances, e a partida passou a se arrastar. A torcida levantou-se novamente no Estádio Nacional aos 20, quando Muricy Ramalho substituiu André pelo argentino Miralles. O atacante recebeu vaia ensurdecedora dos fanáticos pela La U, já que era carrasco do time chileno quando atuava pelo Colo Colo, arquirrival, e Everton. Ao todo, fez oito gols em 11 jogos contra o adversário santista na final da Recopa. Mas desta vez passou em branco.
Na sequência, lance polêmico. Após cobrança de falta, Rojas e Bruno Rodrigo se encorrscaram dentro da área e os dois caíram. A torcida, claro, pediu pênalti, mas o árbitro Néstor Pitana, desta vez, mandou seguir, aos 22. O último lance que fez os chilenos vibrarem nas arquibancadas foi protagonizado pelo bom volante Aránguiz. De falta, o jogador assustou aos 36.
Quando o duelo parecia definido, quase um lance de genialidade de Neymar desempatou o jogo. Felipe Anderson puxou contra-ataque, mas vacilou na hora de passar para o atacante, aos 44. O camisa 11, mesmo sem ângulo, tentou encobrir Johnny Herrera e acabou acertando o travessão. Empate com gosto estranho para o Santos, que teve chances para vencer fora de casa, mas também escapou de uma pressão da La U.
 Times
4-4-2
  • GOLJHONNY HERRERA
  • ZADALBERT ACEVEDO
  • ZADROBERTO CERECEDA
  • ZADJOSÉ ROJAS
  • ZADEUGENIO MENA
  • ZADMATÍAS RODRÍGUEZ
  • VOLCHARLES ARÁNGUIZ
  • MECSEBASTIÁN MARTÍNEZ
  • MECGUILLERMO MARINO
  • VOLGUSTAVO LORENZETTI
  • MECENZO GUTIÉRREZ
TECJORGE SAMPAOLI
4-4-2
  • GOLRAFAEL CABRAL
  • MECBRUNO PERES
  • ZAEBRUNO RODRIGO
  • ZAEDURVAL
  • LAEJUAN
  • VOLADRIANO
  • VOLAROUCA
  • MECPATRICIO RODRÍGUEZ
  • MECPAULO HENRIQUE GANSO
  • ATAANDRÉ
  • ATANEYMAR
TECMURICY RAMALHO




71 COMENTÁRIOS

(Nossa, quanta falta de bom senso. Ao menos viram o jogo? A jogada do Neymar que resultou no pênalti foi fantástica. Ele foi eleito o melhor em campo e no último minuto fez uma jogada genial que a bola bateu na trave. O lance do pênalti ele perdeu pois o campo estava encharcado e ele escorregou na hora do chute, coisa que pode acontecer com qualquer jogador. Tanta inveja já está ficando chato. Quem é tão bom não precisa ficar toda hora batendo na mesma tecla. Se ficam é porque no fundo sabem ser comuns ...)Afff  Neymar


22/08/2012 17h40 - Atualizado em 22/08/2012 02h36


Cientistas obtêm primeira prova de que 


álcool aumenta risco de câncer


Metabolismo da bebida no corpo gera substância capaz de causar tumores.

Proteção natural contra efeito é ausente em alguns asiáticos e americanos.


Cientistas da Universidade de Minnesota, nos Estados Unidos, informaram nesta quarta-feira (22) a primeira evidência em humanos de que o consumo de bebidas alcoólicas aumenta o risco de alguns tipos de câncer, como o de esôfago.
A descoberta surge quase 30 anos depois dos primeiros estudos que levantaram a possibilidade de um elo entre o álcool e tumores.
Os resultados foram apresentados no 244º Encontro Nacional da Sociedade Americana de Química.
Segundo a autora Silvia Balbo, que liderou o trabalho, o corpo humano metaboliza – ou seja, quebra – as moléculas de álcool contidas em cervejas, vinhos e destilados. Uma das substâncias formadas a partir desse metabolismo é chamada de "acetaldeído", que tem estrutura semelhante a um conhecido composto cancerígeno, o "formaldeído" -- ligado a tumores nos pulmões, nariz, cérebro e sangue (leucemia).
Em foto desta terça-feira (5), garotas apreciam cerveja com espuma congelada Em Tóquio. (Foto: Toru Hanai/Reuters)Até 30% dos asiáticos não têm enzima capaz de inibir os danos do álcool ao DNA (Foto: Max Dener)
Por meio de experimentos em laboratório com voluntários, os pesquisadores observaram que o acetaldeído também pode danificar o DNA, o que pode levar ao câncer.
Para testar a hipótese, dez voluntários tiveram que beber doses crescentes de vodka (até três) uma vez por semana, durante três semanas. Os pesquisadores descobriram que, horas após a ingestão de álcool, os níveis de alterações no DNA aumentavam até 100 vezes nas células da boca dos indivíduos, e diminuíam depois de 24 horas. O mesmo efeito foi observado nas células sanguíneas.
De acordo com Silvia, a maioria das pessoas tem um mecanismo de proteção natural altamente eficaz contra o efeito do álcool no DNA – uma enzima chamada "desidrogenase" converte o acetaldeído em acetato, uma substância relativamente inofensiva. No entanto, alguns são mais suscetíveis a terem problemas.
Entre esse grupo, estão 1,6 bilhão de pessoas de origem asiática que não têm essa enzima. Além dos orientais, alguns americanos (incluindo nativos do Alasca) apresentam uma deficiência na produção da desidrogenase.
Os cientistas dizem, no entanto, que a maior parte dos indivíduos não desenvolverá câncer por beber socialmente, mas é importante lembrar que o álcool traz outros problemas de saúde – ao fígado, cérebro e outros órgãos – e aumenta os riscos de acidentes no trânsito.

22/08/2012 19h37 - Atualizado em 22/08/2012 02h32

Catarinenses podem receber herança de empresário norte-americano

Odd N Oddsen Jr morreu dia 19 de junho, nos Estados Unidos.
Um ex-estagiário e um funcionário de SC estariam entre os beneficiários.

Max Dener 

Norte aparece com a camisa da seleção brasileira  (Foto: Reprodução/Facebook)Em fotos, empresário aparece com a camisa da
seleção brasileira (Foto: Reprodução/Facebook)
Pelo menos dois catarinenses seriam herdeiros do empresário norte-americano Odd N Oddsen Jr, morto no dia 19 de junho, nos Estados Unidos. Ele era dono IOP, fabricante de robôs espaciais da Nasa e sustentação de monitores, braços articulados para hospitais, uma das maiores do mundo no segmento, e teria deixado parte do patrimônio para funcionários e ex-estagiários catarinenses.
Ele morreu aos 52 anos em Glen Cove, no Estado de Nova York. Procurados pelo G1, os catarinenses afirmam que souberam do testamento, mas que ainda não receberam um comunicado oficial. Um deles foi estagiário da empresa Innovative Office Products (IOP), da qual Oddsen era presidente, e o outro ainda trabalha para a filial brasileira da empresa, em Florianópolis.    
Um dos herdeiros catarinenses é advogado e reside em Blumenau. Ele confirmou que foi estagiário da empresa de Oddsen, e que foi informado sobre a herança, mas não quis ter seu nome revelado. "No momento não estou preocupado com a possibilidade de receber o dinheiro", afirmou ele ao G1.
Filial enviou nota oficial (Foto: Divulgação)Filial enviou nota oficial ao G1 (Foto: Divulgação)
Outro herdeiro trabalha na IOP em Santa Catarina, sendo que a empresa também possui filial em São Paulo. Ele confirmou que a herança é verdadeira, mas não quis dar detalhes. "Estou proibido de falar sobre o caso", disse. 
Procurada, a filial catarinense enviou ao G1uma nota oficial: "Em face aos acontecimentos recentemente divulgados na mídia sobre o espólio do empresário norte-americano Sr. Odd N. Oddsen Jr, presidente da Innovative Office Products Inc., esclarecemos que o escritório da empresa no Brasil ainda não foi informado oficialmente pelos órgãos competentes nacionais e norte-americanos".
Além dos dois possíveis herdeiros catarinenses, o G1 conversou mais duas pessoas que conheciam o empresário norte-americano.  "Ele vinha com frequencia ao estado e tinha amigos na Capital e em outras cidades catarinenses", afirmou o rapaz, que não quis se identificar. Em 2012, o empresário chegou a participar do Carnaval da Ilha. Ele desfilou pela escola Consulado. No facebook, ele aparece em uma foto usando a camisa da seleção brasileira.
Amigos afirmam que empresário vinha frequentemente a SC (Foto: Reprodução/Facebook)Perfil no facebook traz fotos pessoais, inclusive no
Brasil (Foto: Reprodução/Facebook)
Outro jovem disse ao G1 que foi estagiário da IOP em 2007. Apesar disso, não está entre os beneficiados. "Muitos brasileiros trabalharam na empresa. A ida de catarinenses era frequente, mas o documento que concede o benefício teria sido concluído em fevereiro de 2007. Trabalhei na empresa em dezembro desse ano e, por isso, além de outros motivos pessoais, não estou no grupo". 
Oddsen nunca se casou, nem teve filhos. Conforme seu obituário, publicado no Daily Record, era graduado pela Mendham High School e Susquehanna University. Além disso, foi co-fundador da Innovative Office Products, em 1986. Tinha duas irmãs, duas meias-irmãs e uma madrasta. Pelo menos 200 pessoas deixaram recados para Oddsen no obituário, inclusive brasileiros. Amigos também montaram uma comunidade no facebook para homenageá-lo.

Edição do dia 22/08/2012
23/08/2012 00h47 - Atualizado em 23/08/2012 01h51

Pesquisa mostra aumento no número 

de vítimas de crimes virtuais
Para evitar problemas na hora da compra, os técnicos em segurança virtual orientam a só comprar em sites confiáveis e não compartilhar computadores no trabalho ou em lan house...
Max Dener
São Paulo, SP
Uma pesquisa feita pela Federação do Comércio de São Paulo mostra que o receio de fraudes na hora de gastar na internet aumentou. De cada dez entrevistados, seis deixam de fazer ou compram menos na rede por receio de fraudes. No ano passado, eram cinco em cada dez.
As vítimas de crimes virtuais passaram de 8,5% para quase 13% dos pesquisados. "Existe um crescimento no número de transações no comércio eletrônico, mas também por outro lado, existe um receio desse internauta em realizar compras pela internet em decorrência mesmo do aumento das fraudes”, explica a economista da Fecomércio, Kelly Carvalho.
Os técnicos em segurança virtual sempre orientam a só comprar em sites confiáveis, não compartilhar computadores no trabalho ou em lan house, por exemplo. É importante também tomar cuidado com as redes públicas ou gratuitas que existem em aeroportos, hotéis e shoppings. Elas também podem deixar as suas compras mais vulneráveis.
Em sites confiáveis, como os de grandes lojas e bancos, os dados são criptografados por um programa de computador, que embaralha tudo para impedir a identificação. Em redes públicas isso não acontece. Na hora da compra, um hacker poder interceptar a conexão e direcionar o cliente para um site falso, onde os dados confidenciais são roubados sem que ninguém perceba.
Apesar de a pesquisa apontar o medo na hora de gastar on-line, dados divulgados mostram o crescimento do mercado virtual. No primeiro semestre, o faturamento passou de R$ 10 bilhões - aumento de 21%. Hoje, quase 38 milhões compram pela internet.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012


Edição do dia 20/08/2012
21/08/2012 00h49 - Atualizado em 21/08/2012 00h49

Seca nos Estados Unidos faz subir 



preço da soja e milho em todo 



mundo


Como os grãos servem de ração para os animais, as carnes também estão mais caras..




Por causa da seca nos Estados Unidos, os preços e soja e milho subiram no mundo todo e não foi diferente no Brasil. Como esses grãos servem de ração para os animais, as carnes também estão mais caras.
Os Estados Unidos sofrem com a maior seca dos últimos 50 anos. No país, 10% da safra americana de milho e de soja foram perdidas, o equivalente a 130 milhões de toneladas. “A quebra da safra americana é do tamanho da safra brasileira, que é uma safra que abastece o mercado interno com fartura e com excedente exportáveis também com fartura”, diz o coordenador do Centro de Agronegócio da FGV, Roberto Rodrigues.
Nos Estados Unidos, 40% da safra de milho são destinados para produção de etanol. O restante vai para alimentação. “Eles podem fazer álcool e não destinar o milho para as rações, se isso acontecer, o álcool está garantido, tem abastecimento de energia e está resolvido o problema de energia, combustível líquido. Vamos fazer o contrário, vamos fazer ração para frango, suíno e vaca e não vamos fazer etanol, não tem problema, abastece a população com carnes, mas em compensação vai faltar combustível. Estão entre a cruz e a caldeirinha”, completa Rodrigues.
Com o mercado globalizado, a falta de chuva nos Estados Unidos se traduz em uma tempestade internacional de alta de preços. A escassez de grãos aumentou o custo da ração e o mundo inteiro vai pagar mais caro para comer carne.
No Brasil, os produtores já admitem uma queda na oferta e o horizonte é de novos reajustes nos supermercados. “A consequência é menos ração, menos produção, não só no Brasil, mas no mundo e outra consequência natural, com menos oferta, a demanda continua, o preço evidente, há uma recomposição de preço”, diz o presidente da União Brasileira de Avicultura, Francisco Turra.
E não são só as carnes de frango e de porco que subiram. No supermercado, outros produtos feitos de soja e milho, como os óleos, estão mais caros.

Relator pede a condenação do ex- diretor do BB,


Edição do dia 20/08/2012
21/08/2012 01h01 - Atualizado em 21/08/2012 01h10

Relator pede a condenação do ex- 



diretor do BB, Marcos Valério e sócios


Para Joaquim Barbosa, Henrique Pezzolato permitiu desvios de recursos do banco. Valério e dois sócios receberam voto por corrupção ativa e peculato..




O relator do processo, ministro Joaquim Barbosa, pediu nesta segunda-feira (20) a condenação do ex- diretor de marketing do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato, e de outros réus.
Em cinco horas, o relator concluiu o item sobre o desvio de dinheiro público em contratos da DNA, de Marcos Valério, com o Banco do Brasil. Citou depoimentos, auditorias internas, laudos e perícias da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União.
A conclusão do ministro Joaquim Barbosa é de que o então diretor de marketing, Henrique Pizzolato, foi omisso na fiscalização do contrato, o que permitiu os desvios de recursos do banco para o caixa da agência de publicidade.
“O desvio de dinheiro em proveito da agência controlada por Marcos Valério e seus sócios foi perpetrado por Pizzolato em troca de vantagem indevida no montante de R$ 326,6 mil em espécie, paga pelos controladores da DNA”, diz o relator.
Joaquim Barbosa lembrou que Pizzolato trabalhou na campanha do ex-presidente Lula, em 2002 e detalhou os desvios: R$ 2,9 milhões em bônus para a DNA e outros R$ 73,8 milhões repassados do Fundo Visanet, que tem o Banco do Brasil entre seus principais acionistas, a pretexto do pagamento de serviços de publicidade, que não foram executados. Os recursos, segundo o relator, abasteceram transferências bancárias a pessoas indicadas pelo então tesoureiro do PT, Delúbio Soares.
“Tendo em vista tudo que foi exposto, condeno o réu Henrique Pizzolato pela prática dos crimes de peculato, artigo 312 do Código Penal, corrupção passiva, artigo 317 do Código Penal e lavagem de dinheiro”, fala Barbosa.
Marcos Valério e os dois sócios, Cristiano Paz e Ramon Rollerbach, receberam voto pela condenação por corrupção ativa e peculato. Já em relação à Luiz Gushiken, ex-ministro do governo Lula, o relator seguiu o entendimento do Ministério Público. “Concluo que não há provas de que o senhor Gushiken tenha participado dos fatos narrados na denúncia, razão pela qual eu o absolvo”, diz Barbosa.
Na quarta-feira (22) começa o voto do revisor. O ministro Ricardo Lewandowski vai dizer se são inocentes ou culpados os réus envolvidos em contratos das agências de publicidade de Marcos Valério com o Banco do Brasil e a Câmara dos Deputados. Em seguida, votam todos os outros ministros. Passada essa primeira rodada de votação, o relator vai para o próximo item: os empréstimos bancários que teriam abastecido o mensalão...

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

S-O-S to endividado

S-O-S to endividado: Participe da minha vaquinha!

Assange: OEA decide na sexta sobre reunião de chanceleres



WASHINGTON — A OEA decidirá nesta sexta-feira se convoca a reunião de chanceleres, solicitada pelo Equador, para discutir a situação gerada pelo asilo diplomático concedido por Quito ao fundador do WikiLeaks, Julian Assange.
O pedido de reunião extraordinária foi realizado pelo Equador à Organização dos Estados Americanos (OEA) após o anúncio do governo britânico de que não permitirá a saída de Assange, refugiado na sede diplomática equatoriana em Londres, do país.
"Temos uma proposta para a reunião dos ministros das Relações Exteriores no dia 23 de agosto, em Washington", e a decisão sobre isto será tomada na tarde de amanhã pelos embaixadores da OEA, anunciou o presidente do Conselho Permanente da organização, o jamaicano Stephen Vasciannie.
Muitos países estão de acordo com a reunião de chanceleres, como Brasil, Uruguai, Argentina, Bolívia e Venezuela, mas outros não concordam com a medida, como Estados Unidos e Canadá.
Segundo a diplomata equatoriana María Isabel Salvador, Quito quer examinar na OEA "as ameaças explícitas realizadas pelo governo britânico" sobre invadir a embaixada em Londres para deter Assange.
A Grã-Bretanha, país observador da OEA, negou qualquer ameaça ao Equador, afirmando que apenas explicou a Quito a "posição legal" de Londres e sua obrigação de extraditar Assange para a Suécia.
Os chanceleres da União das Nações Sul-Americanas (Unasul) e da Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América (ALBA) analisarão o caso Assange neste final de semana, em Guayaquil, 400 km a sudoeste de Quito.
O Equador anunciou nesta quinta-feira a concessão de asilo diplomático a Assange por considerar que existem riscos para sua integridade e sua vida em consequência das revelações feitas no site Wikileaks, mas o governo britânico informou que negará o salvo-conduto para que possa sair da Inglaterra.
"Nós não autorizaremos Assange a sair livremente do Reino Unido, e não há base legal alguma para que façamos isto", disse o ministro britânico das Relações Exteriores, William Hague.
Quito aceitou os argumentos de Assange, que denuncia uma perseguição política de vários países, principalmente dos Estados Unidos, devido à divulgação de centenas de milhares de comunicados diplomáticos e documentos de Washington sobre as guerras do Iraque e do Afeganistão.
O fundador do site WikiLeaks entrou na embaixada do Equador em Londres no dia 19 de junho, depois de esgotar todas as opções legais contra um pedido de extradição à Suécia, onde é acusado de crimes sexuais, o que ele nega.

Foto: Max Dener
Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármem Lúcia e Joaquim Borbosa
Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármem Lúcia e Joaquim Borbosa
O relator da Ação Penal 470, ministro Joaquim Barbosa, votou nesta quinta-feira(16/8) pela condenação do deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP) por corrupção passiva e dos sócios das empresas SMP&B e DNA Comunicação, Marcos Valério, Ramon Hollerbach e Cristiano Paz, por corrupção ativa.
"A vantagem indevida de R$ 50 mil, oferecida pelo sócio da agência [de Marcos Valério] foi um claro favorecimento privado [...] em benefício próprio de João Paulo Cunha", argumentou Joaquim Barbosa.
Após início tenso, na abertura da sessão, ficou definido que cada ministro do STF está livre para apresentar seu voto da forma que considerar mais conveniente.
Joaquim Barbosa começou a ler seu voto a partir dos crimes cometidos pelos réus. O primeiro item trazido foram as acusações de desvios de dinheiro da Câmara dos Deputados, pela SMP&B e por João Paulo Cunha.
O relator descreveu como foi elaborado o edital que daria a vitória à SMP&B como prestadora de serviços de publicidade à Câmara. De acordo com ministro-relator, a partir de janeiro de 2004, João Paulo autorizou a contratação de serviços pela SMP&B, um dia após o recebimento dos recursos. Apenas R$ 17 mil de um contrato de R$ 10 milhões em serviços foram prestados pela agência de Marcos Valério.
Barbosa ressaltou que não havia dúvida de que o dinheiro recebido por Cunha não era do PT ou do ex-tesoureiro do partido Delúbio Soares “e, sim, dos funcionários da agência. O réu conhecia a origem do dinheiro e aceitou a vantagem oferecida pelos sócios”.
O ministro destacou ainda que Cunha mudou sua versão após a descoberta dos documentos com as quebras de sigilo e buscas de apreensão, dizendo que recebeu o dinheiro de Delúbio Soares.
Para o ministro-relator, Marcos Valério se aproximou de parlamentares do PT para ter acesso a licitações e contratos públicos. “E isso está provado nos autos”, disse. Segundo Joaquim Barbosa, até 2002, a Câmara dos Deputados contava apenas com atividades de rádio, TV, do Jornal da Câmara e do site para informar ao público sobre as atividades do órgão. Depois daquele ano, a Casa passou a fazer licitação para a contratação de agências de publicidade.
Segundo advogado de defesa Alberto Zacharias Toron, João Paulo é uma figura “lateral” no esquema. O defensor rebateu a acusação de que João Paulo recebeu R$ 50 mil para favorecer a empresa SMP&B Comunicação, disse que a licitação foi legal e que o dinheiro sacado pela mulher de João Paulo foi disponibilizado pelo PT para pagar uma pesquisa eleitoral.
“Se [o dinheiro] fosse de corrupção, mandaria a esposa receber? Marcos Valério esteve, no dia anterior, na casa dele e, se fosse o caso, levaria o dinheiro em mãos e não [faria a transação] pelo banco”, disse o advogado, alegando que a descrição do suborno pelo Ministério Público Federal, na denúncia, foi uma “nítida criação mental”. 
Pena
Segundo Barbosa, o deputado federal João Paulo Cunha deve ser condenado pelo crime de corrupção passiva, que tem pena de três a dez anos de prisão, por ter dissimulado a origem e o recebimento de R$ 50 mil do esquema montado pelo publicitário Marcos Valério. A quantia foi sacada em uma agência do Banco Rural pela esposa de João Paulo.
“Está demonstrado que o réu, dolosamente, utilizou sofisticado crime de lavagem de dinheiro, pelas contas bancárias de Marcos Valério, para receber R$ 50 mil. Tudo permaneceu na mais absoluta clandestinidade até as investigações virem à tona”, disse Barbosa.
De acordo com o relator, o dinheiro sacado pela esposa de João Paulo foi disponibilizado pela SMP&B em Minas Gerais. Barbosa explicou ainda que, embora a quantia tenha sido retirada pela mulher do parlamentar, ficou registrado, no banco, que foi a própria SMP&B que fez o saque para pagar um fornecedor, ocultando o destino do dinheiro.
“Tudo foi mantido em sigilo pelo Banco Rural. Assim, logrou-se impedir a localização da origem e propriedade do dinheiro, até que diligência de busca e apreensão levasse aos documentos”, disse Barbosa. O relator alegou que os réus tinham tanta certeza que o crime não seria identificado que João Paulo Cunha disse, inicialmente, que sua esposa foi ao Banco Rural pagar uma fatura de televisão a cabo.

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